Marlène Raymaekers, Daphné et Apollon, s/d |
Rafael José dos Santos
Tu, fantasma,
açoite
de meu
desejo
aflito,
estás
onde
não te busco,
enuncia-me
com
palavras
que
me furtas.
Oferece-te,
fantasma,
para que eu
em travessia
e desespero
enfrente
a tormenta,
correntes
ventos e
vagas,
com
amarga
lucidez,
tamanha
e tanta,
que me penso
naufragado
em ti,
quando na praia
meu corpo,
arremessado e
só,
pela primeira vez
em fugaz verdade,
abandonado
repouse enfim.
RJdS - 18/01/2018
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